quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Chave

Em nossa infância, às vezes associamos as dificuldades de uma maneira lúdica. Monstros, fantasmas e bichos de todos os tipos. Aos poucos, vamos crescendo e perdendo o medo de nossas fantasias. Outros propósitos passam a ser almejados. A busca da felicidade, do prazer, da satisfação pessoal. Entretanto, nunca fui de abandonar as minhas formas lúdicas e criei um objeto que sempre me traria as coisas que eu precisasse. Era nada menos que uma chave. Com ela, e poderia soltar meus sonhos e aprisionar meus problemas. Teoricamente, seria tudo muito fácil e lindo. Mas na vida, nunca é tão fácil encontrar a chave da felicidade. Ela pode ter uma combinação diferente pra cada problema. E quase sempre, não pode fazer muita coisa sozinha. Precisamos também da chave da alegria, do amor e do humor.
Decidi ser o chaveiro da vida de muitas pessoas. Criar chaves e ter o poder de incitar do ódio ao amor, do rancor à felicidade. Era uma missão difícil. O que me motivava era a vontade de abrir risos mundo a fora. Por onde eu ia, lá estavam as chaves. Aos montes. Às pencas. Deixei de ser uma pessoa fechada. Abrir portas, portões e cadeados me revitalizaram. Não precisei de muitas chaves pra ficar completo como hoje. Elas serviram sim, para ajudar o próximo. Mas apenas uma chave me abriu. Lorena, a minha chave-mestra.

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